Depois de praticamente ser descartado como possibilidade para o Complexo Industrial Portuário de Suape, o Centro de Reparação Naval (CRN) voltou à tona como algo viável depois da visita de investidores noruegueses a Pernambuco. Segundo o presidente do Porto e secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho(foto), que está no Rio de Janeiro, o grupo de estrangeiros se interessou muito pelo terreno de Suape e estaria vislumbrando o centro para uma área de 50 hectares. “Vim falar com o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, sobre essa demanda. A Transpetro tem interesse no projeto para fazer o serviço de manutenção. Saí animado do primeiro encontro”.
No entanto, o dirigente evitou tecer comentários a respeito do valor do empreendimento ou da geração de empregos. No primeiro semestre, quando falou na implantação de um CRN, ele avaliou a obra em cerca de R$ 250 milhões. “Cada grupo tem um modelo de negócio. Por isso ainda não traçamos os valores do projeto”, justificou. Otimista, ele acredita que os interessados possam tomar alguma decisão mais definitiva num prazo de até 60 dias. A procura por navios é oriunda das demandas do pré-sal, que já movimentam o cluster naval. Nesse caso, faz-se necessária a instalação de centros especializados no conserto de grandes embarcações, haja vista o fato de o Brasil ter apenas um centro no Rio de Janeiro.
O secretário também reuniu-se com o presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes. Ambos discutiram sobre a consolidação dos contratos pendentes, que são seis no total. Dezesseis grandes contratos regem todo o processo. “Nesta semana estaremos anunciando a assinatura dos grandes contratos pendentes. E, além disso, Marcelino convidou o governador Eduardo Campos para fazer uma visita ao canteiro de obras da indústria no dia 15 de dezembro, quando estarão sendo gerados 5 mil empregos”, destacou Bezerra Coelho. Hoje, às 14h30, na Comissão Mista de Orçamento da Câmara Federal, terá audiência pública sobre o superfaturamento apontado pelo TCU na Refinaria Abreu e Lima.(Folha de Pernambuco)
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