O projeto detalhado deverá conter o local exato do terreno e os projetos executivos – dizendo tudo que é necessário para a execução das obras – do empreendimento. Depois que forem apresentadas à Sudene, as informações serão repassadas ao Banco do Nordeste (BNB), o qual fará um estudo de viabilidade do empreendimento.
Assim que o BNB der o O.K., faremos o contrato de financiamento, contou Fontana. A carta consulta aprovada prevê os seguintes financiamentos: R$ 1,2 bilhão do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), R$ 800 milhões do Banco do Nordeste, R$ 3,73 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – , além de um aporte de R$ 1,44 bilhão de recursos da própria Fiat, que correspondem a 20% do total do projeto.
Os financiamentos do FDNE, BNB e BNDES correspondem, respectivamente, a 17%, 11% e 52% dos recursos a serem empregados no empreendimento.
Dos R$ 7,17 bilhões a serem investidos, R$ 4 bilhões vão ser gastos na implantação da unidade fabril. O restante do investimento inclui a construção de uma pista de prova de veículos, um centro de pesquisa automotiva e o primeiro nível de sistemistas (fornecedores) da fábrica.
Esse primeiro nível de sistemistas vai operar fisicamente integrado à planta industrial do empreendimento.
Ao ser anunciado no final do ano passado, o empreendimento iria se implantar no Complexo Industrial e Portuário de Suape. No começo de agosto, a empresa anunciou, oficialmente, a implantação da fábrica em Goiana.
A unidade local vai produzir entre 200 mil e 250 mil veículos por ano. O empreendimento é estruturador porque para fazer um veículo, geralmente, são usados de 5 mil a 8 mil itens produzidos por outras empresas. Muitas delas deverão se instalar no Estado ou na Paraíba, já que a unidade industrial ficará próxima a divisa dos dois Estados.
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