Frevo vai retomar a produção na 5ª

A Frevo anunciou ontem que irá voltar às atividades nesta quinta-feira, quando completa duas semanas de paralisação devido à uma crise financeira, que resultou, entre outras consequências, no corte de energia da fábrica, localizada na Zona Sul do Recife, e na falta de pagamento aos funcionários. Hoje a fábrica conta com quase 400 trabalhadores e possui filiais na Bahia e no Ceará. Estamos recebendo um aporte financeiro particular, comunicou o diretor de marketing e assessor de imprensa da Frevo, Garnier Cruz. A origem e o valor do dinheiro não foram divulgados, mas sabe-se que apenas com a Celpe a dívida da empresa presidida por Sidney Wanderley gira em torno de R$ 650 mil.O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas de Pernambuco (Sindbeb-PE) se posicionou dizendo que continua desesperançoso. Não é de hoje que estamos nessa situação com a Frevo, comentou o secretário de comunicação do Sindbeb, Adilson José Almeida, que alega ainda problemas dos funcionários com INSS, FGTS e decisões judiciais em relação a verbas indenizatórias. Dependendo do andamento, os trabalhadores estão dispostos a entrar com pedido de rescisão indireta de contratos, salientou.

O valor que recebemos será utilizado para quitar dívidas com a Celpe, comprar matérias-primas e pagar salários atrasados, detalhou Cruz, que aproveitou para comunicar o estudo de novas campanhas de marketing e a procura de parceiros, sobretudo no interior, para alavancar as vendas e distribuições. A Frevo, inaugurada em 1997, hoje produz apenas refrigerante, cerveja (da marca própria, Bossa Nova e Colônia) e água mineral. Em seu histórico, constam produtos como café, achocolatado, aguardente, sucos e refrescos. A empresa pretende voltar às atividades com a mesma capacidade produtiva diária de 132 mil unidades de refrigerante e 300 mil caixas mensais de cerveja.

BAHIA

O Sindbeb-BA alega que a filial da empresa está com as atividades paralisadas há uma semana e com pagamentos atrasados. Entramos com uma ação no Ministério Público do Trabalho para garantir pelo menos as condições sociais dos trabalhadores se a empresa deixar de existir”, afirmou o presidente do sindicato, Alberto Envagelista. A Frevo, no entanto, negou as informações e disse que as filiais rodam normalmente.

Jornal do Commercio

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