Fiat avalia implantar projeto fora de Suape

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PROPOSTA Governo do Estado quer economizar com terraplenagem e levar parte do empreendimento para outras áreas. Opção seria instalar parte do negócio no Litoral Norte

A Fiat informou ontem que aceitou um convite formal do Estado para estudar áreas alternativas de investimento no Litoral Norte de Pernambuco. Desde o anúncio da vinda da montadora, já se sabe que os 300 hectares da pista de testes de veículos e do centro de pesquisa e desenvolvimento da Fiat não ficariam no Complexo Industrial Portuário de Suape, onde será instalada a fábrica do grupo italiano. Separá-los é uma forma do governo economizar com a terraplenagem  nivelamento do terreno , um gasto acima de R$ 150 milhões só com a fábrica de Suape.

Segundo a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), todos os projetos da Fiat em Pernambuco, mais um primeiro nível de fornecedores (chamados sistemistas) que trabalharão fisicamente integrados à fábrica, chegarão a R$ 7,173 bilhões. A montadora em si custará R$ 3 bilhões.

Nosso debate é sobre os acessórios (demais investimentos), não o principal, enfatiza o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, que complementa: Obviamente, não estamos tratando (da mudança) da planta industrial.

Tadeu Alencar argumenta que os terrenos disponíveis no entorno de Suape são muito acidentados, o que eleva muito o custo da terraplenagem. Somente a fábrica demandará 350 hectares. As áreas alternativas em avaliação compreenderiam um grande trecho de terrenos mais planos entre Itamaracá e Goiana.

Alencar diz ainda que não há qualquer relação de dependência entre o projeto em estudo para a criação de um porto e aeroporto industrial no Litoral Norte e a Fiat. Esse projeto é uma proposta de parceria público-privada (PPP), mas a análise de sua viabilidade econômico-financeira sequer foi concluída.

O interesse em tocar a PPP veio de duas consultorias, a Promon Engenharia e a STR Projetos, com a inteligência financeira desenhada pelo BTG Pactual e o Pátria Investimentos. A estimativa inicial é de que o novo polo pode chegar a R$ 3 bilhões.

O Programa Estadual de PPPs está subordinado à Secretaria de Governo. O secretário da pasta, Maurício Rands, diz que o projeto do porto e o do aeroporto ainda estão em análise. O prazo concedido para os estudos foi de 90 dias, a contar do dia 7 do mês passado.

Maurício Rands diz que se a Fiat ou qualquer outra empresa tiver interesse pelo Litoral Norte pode se beneficiar não apenas do futuro novo polo, em fase embrionária, mas também de outra parceria público-privada. É o Arco Metropolitano, uma via de 98 quilômetros entre Itamaracá e Suape que servirá como rota de fuga para a estrangulada BR-101 no trecho que cruza o Grande Recife. A estimativa inicial é de que essa outra PPP custará R$ 1,8 bilhão.

A assessoria de imprensa da Fiat informou que a empresa apenas tem interesse em conhecer o novo polo do Litoral Norte, o que não significa que foi batido o martelo para a localização da pista de provas e do centro de pesquisa e desenvolvimento.

Jornal do Commercio

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