Projeto para viabilizar o Arco Metropolitano

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Consórcio privado começou a estudar a viabilidade da rodovia de 98 km que ligará os Litorais Norte e Sul. ///.

Giovanni Sandes. ///.

O Arco Metropolitano, uma alternativa rodoviária ao esgotado trecho urbano da BR-101, será o terceiro pedágio de Pernambuco. A via de 98 quilômetros, que começará em Itamaracá e terminará em Suape, terá como objetivo ser uma fuga ao trânsito da rodovia federal. Um consórcio privado interessado em construir e operar o Arco por 30 anos, através de uma parceria público-privada (PPP), recebeu ontem o sinal verde do Estado para estudar a viabilidade do negócio. O resultado será apresentado em seis meses.

A estimativa inicial é de que a obra custará R$ 1,8 bilhão. O consórcio interessado na PPP é formado pela Odebrecht, Queiroz Galvão e pela Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar) – que por sua vez tem como acionistas o grupo OAS e três fundos de previdência, Previ, Petros (da Petrobras) e Funcef.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, os estudos do consórcio apontarão desde o traçado da rodovia, que tem o potencial de estimular novas áreas industriais e residenciais, até a modelagem financeira, o que apontará, por exemplo, o fluxo de veículos e a tarifa a ser cobrada. Para o governo, o fundamental é criar toda uma nova zona de desenvolvimento na região metropolitana. “O Arco por si só viabiliza todo o entorno de seu traçado”, enfatiza Geraldo Júlio.

Ao comentar o projeto, na última segunda-feira, o governador Eduardo Campos afirmou que o estudo apontará se a rodovia é mais viável como concessão patrocinada (com um complemento financeiro do Estado sempre que a receita não atingir o volume previsto) ou concessão direta, sem dinheiro público. Em um caso ou outro, significa dizer que o Arco Metropolitano terá pedágio.

A primeira concessão estadual na área foi a PPP do Paiva, operada pela Rota dos Coqueiros, formada pela Odebrecht e o grupo Cornélio Brennand.

O contrato, de 33 anos, envolve a construção e operação de uma ponte de 320 metros sobre o Rio Jaboatão e uma via de 6,2 quilômetros de extensão para estimular a implantação de um complexo imobiliário de R$ 2 bilhões da Odebrecht, Cornélio Brennand e Ricardo Brennand. Mas hoje essa infraestrutura virou um escape ao sufocado trânsito de Suape, com uma ligação direta entre Itapoama, no Cabo, e Barra de Jangada, em Jaboatão dos Guararapes.

A tarifa de referência no Paiva é de R$ 3,90 em dias úteis e de R$ 5,90 no fim de semana. O reajuste anual é pela inflação oficial, o IPCA, usado normalmente nesses contratos.

O segundo pedágio pernambucano começará a ser cobrado ainda este ano e custará inicialmente R$ 3 e valerá para as vias internas de Suape, um fluxo estimado em 10 mil veículos por dia. Trata-se de uma concessão simples, uma sociedade da Invepar e da Odebrecht (duas das três interessadas na nova concessão), no consórcio Suape Rodovias.

A licitação foi encerrada em abril para a concessão da Express Way, que desafogará o trânsito do entorno de Suape, além de modernizar a logística de cargas e passageiros desse polo econômico.

Quando pronta, em 18 meses, a Express Way, que exigirá R$ 350 milhões em investimentos, terá quatro viadutos, sendo um nas proximidades da Fábrica da Caninha 51, no Cabo de Santo Agostinho, um viaduto na chamada Curva do Boi (dentro de Suape) e um acesso de 5 quilômetros da Curva do Boi até Nossa Senhora do Ó, em Ipojuca. Esse segundo pedágio pernambucano começará com uma tarifa de R$ 3.

Jornal do Commercio

4 comentários em “Projeto para viabilizar o Arco Metropolitano

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  1. O Arco Metropolitano precisa ser construído para tirar as vias no entorno do grande
    Recife do caos,proporcionando um melhor fluxo de veículos pesados,entre outros,
    em direção dos portos do Recife e do grande porto de Suape.Com sua construção,por
    sua vez,facilitaria as nossas exportações,inclusive beneficiando os outros estados da
    Paraíba e Alagoas.Ou seja,não se deveria levar para o lado político,o país precisa cres-
    cer e,principalmente,em direção das regiões mais sofridas do país.O nosso povo preci-
    sa de trabalho e melhorar de vida.Investir em infraestrutura é a melhor forma de fazer
    um país crescer economicamente e oferecer empregos.Afinal,o governo federal se
    pronunciou para dizer que tem 52 bilhões de reais para investir em mobilidade,espera-
    mos que tal dinheiro seja,também,aplicado nesta sofrida região nordeste do país e,por
    sua vez,não excluindo-se o estado de Pernambuco.O povo espera atitudes dignas
    dos seus governantes para,em seguida,cobrá-los!

  2. Muito Bom! bom para os bolsos deles, isso deveria ser obra publica, daqui ha pouco vamos esta cheios de pedágios, até nas esquinas de nossas casas. Então pra que pagar o IPVA

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