O governo quer resgatar o objetivo original do acesso viário à Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, parceria público-privada (PPP) criada para estimular investimentos de R$ 2 bilhões na Reserva do Paiva, complexo imobiliário e de turismo. A via, Rota dos Coqueiros, virou uma passagem para o Complexo Industrial Portuário de Suape. A segunda concessão rodoviária estadual, a Express Way, em um ano e meio começará a desafogar o Paiva.
A Express Way terá quatro viadutos e avenidas internas em Suape para um tráfego de 10 mil veículos por dia. Começará próximo à fábrica da Caninha 51. Sem ela, hoje, 6 mil veículos usam a Rota dos Coqueiros para escapar de engarrafamentos na PE-60 e PE-28.
A Express Way e a Rota não vão competir. Serão complementares, diz o diretor de operações da Rota, Ivan Moraes. No Paiva, há restrições a ônibus e caminhões, fluxo que deve ser absorvido pela Express Way. O perfil do usuário é diferente, no longo prazo. O Paiva tem vocação turística e residencial, pois a Reserva do Paiva terá uma população final de 40 mil a 50 mil pessoas, quando pronto, afirma.
A PPP envolveu um investimento de R$ 75,6 milhões em uma ponte de 320 metros e uma via de 6,2 quilômetros. A concessão, de 33 anos, prevê R$ 66,7 milhões em manutenção e conservação a Rota informa já ter gasto R$ 1,5 milhão e complemento máximo do governo de R$ 44,1 milhões no período. A concessionária é uma sociedade da Odebrecht e Cornélio Brennand.
O Paiva já entregou um condomínio residencial, iniciou as obras de outro e agora de um complexo com hotel, shopping e edifícios comerciais. O Paiva chegou ao momento pelo qual tínhamos mais ansiedade, de gerar empregos e uma nova centralidade, comenta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio. O Paiva está deixando de ser um corredor. Ele não foi criado para isso, reforça.
Jornal do Commercio
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