Cingapura ostenta modernos arranha-céus sem deixar de preservar a cultura

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Um rio repleto de barquinhos. Um arranha-céu espetacular com a piscina de borda infinita mais longa do mundo (o Marina Bay Sands). Ruas limpíssimas e policiais à paisana garantindo a segurança e a harmonia da população e dos turistas. Elegantes shoppings que acomodam butiques de luxo, lojas de eletroeletrônicos e mercadinhos de rua com artigos asiáticos bacanas. Bairros étnicos que transportam o viajante para lugares tão diversos quanto o Oriente Médio, a China, a Malásia e a Índia. Some tudo isso a um povo extremamente gentil e o resultado é um mosaico chamado Cingapura.

Com apenas 707 quilômetros quadrados, a cidade-Estado na ponta da Península Malaia se espalha por 64 ilhas em franco crescimento e atraiu 11,6 milhões de visitantes – que não se assustam com o clima quente – no ano passado. Para os brasileiros, deixou de ser um ponto distante no mapa e tornou-se mais acessível por conta da criação do voo São Paulo – Cingapura, com escala em Barcelona, no fim de março.

Lá, quem fala inglês não terá dificuldades em se comunicar, já que esse é o idioma principal, herança dos tempos de colonização britânica, entre 1824 e1963. Também são falados o malaio, o mandarim e o tâmil.

Pureza no farto cardápio

Cingapura tem um intenso tráfego de turismo de negócios e de eventos, e seus vários restaurantes justificam a presença de gente de todo o mundo. Entre os destaques, o FiftyThree (www.fiftythree.com.sg), comandado por um chef jovem, mas experiente (passou pelos consagrados Fat Duck, Mugaritz e Noma): Michael Han. Com propostas ousadas, o local surpreende com seus pratos que chamam a atenção pelo respeito aos ingredientes e pela pureza do sabor.

O Les Amis (lesamis. com.sg) tem salão elegante e cozinha contemporânea. O restaurante BLU, comandado pelo chef Kevin Cherkas, um canadense capaz de criar pratos belíssimos, está situado no 24º andar do Shangri-La Hotel (www.shangri-la.com/en/property/singapore/shangrila/dining/restaurant/blu).

Para saber mais sobre a gastronomia local, vale a pena consultar o guia de restaurantes Makansutra (www.makansutra.com), que elege anualmente os melhores pratos em várias categorias e lista em suas páginas mercados de alimentos e restaurantes com chefs estrelados.

Ponto de confluência

Os bairros mais movimentados da cidade-estado são Chinatown, Arab Quarter e Little India. Neles, a confluência de imigrantes permitiu a mistura de sabores chineses, árabes, indianos, malaios, europeus e de quem mais resolveu colocar a colher na panela.

Little India tem templo dedicado à deusa Kali e uma grande praça de alimentação, o Teka Centre, com dezenas de barracas vendendo comida étnica a preços irrisórios. Ali podem-se encontrar mulheres vestindo lindos sáris coloridos e barracas que fabricam colares de flores. Comprar tecidos e artesanatos em uma das lojinhas vale a pena.

No Arab Quarter, a Mesquita do Sultão destaca-se com sua enorme cúpula dourada. Vários restaurantes, não só árabes, se espalham pela Kandahar Street, onde jovens tomam cerveja e fumam narguilé nas mesas dos cafés e restaurantes. Como em um bazar árabe, ali há lojinhas que vendem roupas, bolsas e itens para casa. Sair sem uma sacola nas mãos é tarefa quase impossível.

E Chinatown, claro, reúne a tradição do país mais populoso do mundo. Como em outros bairros, o destaque, além das compras, é a comida dos mercados e dos restaurantes familiares. Neles encontra-se uma variedade de pratos, em geral gostosos e de bom preço. Entre os pedidos mais populares em todos os bairros estão as receitas à base de peixes, carne de porco, frutos do mar e os noodles, estes preparados de muitas maneiras e com molhos também diferenciados. Na maioria, a presença marcante do curry, do coco e da pimenta.

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