O diretor comercial do Construcap, Reginaldo Silva, diz que o empreendimento ainda não tem encomendas em carteira, mas que está em negociação com prováveis clientes. A demanda por plataformas está aquecida no Brasil. Só a Petrobras vai encomendar 43 e a OGX (do empresário Eike Batista) outras 48. Além dessa demanda nacional, a empresa norueguesa Statoil também está encomendando no mercado brasileiro.
O estaleiro da Construcap vai complementar o cluster naval. Enquanto o EAS está focado na construção de navios de grande porte, sondas e casco de plataformas, a nova planta vai fábricar os chamados topsides. Um topside completo é formado por 16 módulos. Esses módulos fazem com que a plataforma se transforme numa espécie de refinaria em alto-mar, compara Silva. O valor de um topside no mercado offshore custa em média US$ 1,2 bilhão.
Instalado numa área de 40 hectares, o empreendimento terá capacidade para processar 40 mil toneladas de aço por ano e poderá produzir três módulos, simultaneamente, a cada três anos. As estruturas são montadas nos galpões e depois seguem em carretas para o cais, onde serão montadas e interligadas. Só esse trabalho de interligações demanda 1.000 pessoas, destaca o executivo.
Na fase de construção o estaleiro vai gerar 2 mil empregos e na operação serão outros 2.250. Já a estimativa de postos indiretos é de 9 mil pessoas. Reginaldo Silva adianta que o estaleiro fechou parceria com o governo de Pernambuco, Sistema S e Prominp para qualificar mão de obra para o empreendimento. Para capacitar os profissionais, a empresa vai usar o centro de treinamento construído pelo EAS e doado ao Complexo de Suape, além de construir um centro de qualificação próprio nas instalações do estaleiro. Quando entrar em operação, o Construcap vai precisar de profissionais como caldeireiros, soldadores, projetistas, eletricistas, engenheiros, desenhistas, inspetores de solda e outros.
Jornal do Commercio
sou soldador tig e eletrodo revestido com sertificado e estou a procura de uma vaga para trabalhar no estalheiro