PE registra maior saldo de empregos do Nordeste

Estado também teve maior taxa de crescimento do Brasil

Pernambuco foi o Estado que registrou o maior saldo de empregos da Região Nordeste e, em termos relativos, foi a unidade federativa que apontou a maior taxa de crescimento de postos de trabalho nos últimos 12 meses, tanto na Região Nordeste quanto no País, segundo dados do Cadastro Geral de Em­pregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados ontem, referentes ao mês de abril deste ano. Na análise isolada, no mês foram dispensados 1.964 empregados celetistas, o equivalente a uma redução de 0,17% em relação ao número de assalariados formais do mês anterior.

“Estamos vivendo um grande momento do ponto de vista econômico da história recente de Pernambuco em termos de renda, de Produto Interno Bruto, etc. O crescimento da economia leva a mais vagas de em­prego formal. Se avaliarmos apenas o mês, observamos uma queda normal devido ao período de entressafra da agroindústria. Essa curva só se modifica quando esta atividade volta a contratar”, avaliou o diretor de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Conde­pe/Fidem), Rodolfo Guimarães.

De acordo com a pesquisa, a maior queda no volume de empregos foi identificada na indústria de transformação (-9.196 postos), enquanto a maior taxa de geração de postos de trabalho foi verificada nos setores de serviços (+4.059 postos), comércio (+1.516 postos) e construção civil. “O setor que mais cresceu foi a indústria de material de transportes, que teve 157% de aumento. Os dados foram puxados pelo Estaleiro Atlântico Sul, carro chefe do segmento, que cresceu duas vezes e meia nos últimos 12 meses. Além disso, todos os segmentos industriais tiveram crescimento nesses 12 meses”, observou Guimarães. A indústria têxtil também apresentou comportamento positivo, assim como a metalúrgica, que cresceu 2,2 mil postos.

Segundo ele, a área de serviços registrou índices positivos. “Dentro do setor de serviços pudemos ver que cresceram técnicas profissionais como contabilidade, arquitetura, engenharia, etc. Foram criados mais empregos com maior grau de qualificação. Ou seja, são mais engenheiros contratados para obras, mais contadores contratados por empresas e assim por diante”, esclareceu. No Estado, a única atividade que não apresentou expansão foi a Administração Pública.

Folha de Pernambuco