Projeto Cidade da Copa definido

Lançamento comercial será em setembro e previsão é dar início às obras do complexo em maio do próximo ano

A Cidade da Copa, negócio bem maior que o futebol, será lançada oficialmente no mercado em setembro. O projeto tem um forte componente imobiliário, com 7.800 unidades habitacionais, e de entretenimento. A expectativa é iniciar as obras em maio do ano que vem. A cidade planejada terá 240 hectares ancorados em um grande núcleo de 290 mil metros quadrados de entretenimento, com teatro, cinema, bares, restaurantes e shopping ao ar livre, por exemplo. Em apenas 10 minutos de caminhada, uma pessoa poderá se deslocar da área central para os núcleos de hotelaria e convenções, residenciais, educacional e empresarial.

O Consórcio Arena Pernambuco Negócios, formado por duas empresas da Odebrecht, apresentou ontem o plano de ocupação do empreendimento, uma primeira versão do masterplan, que será concluído em julho. De uma forma geral, a mensagem é que haverá grande integração entre as construções e o patrimônio de vegetação e água do terreno. Todo o paisagismo trabalhará a forte presença dos elementos naturais.

L.A. Live - Los Angeles - EUA

Cada área, como residencial ou comercial, por exemplo, será circundada por um cinturão verde. Além disso, 46% do terreno, o equivalente a 110 hectares, não terão edificações. Serão 30 hectares de ruas e pequenas avenidas e 80 hectares de área verde, com parques ou área de preservação com direito a trilhas e ciclovias.

Para efeito de comparação, o Parque da Jaqueira tem 6 hectares de área. “Será como um Bairro de Casa Forte muito mais verde e com muito mais espaço. Teremos grandes distâncias entre os prédios”, define o diretor-presidente do Consórcio Arena Pernambuco Negócios, Marcos Lessa.

A Odebrecht, líder do consórcio, montou parcerias internacionais para tirar o projeto Cidade da Copa do papel. A gigante AEG WorldWide, dos mercados esportivo e de entretenimento, entrou por meio da AEG Facilities para desenvolver a parte esportiva e operar a arena, que já contava com uma articulação com outra empresa, a ISG, para vendas de ingressos e camarotes. Mas a AEG terminou como parceira do negócio imobiliário, com a AEG Development.

A AEG tem sede em Los Angeles, Estados Unidos, onde ergueu um complexo que serve como inspiração para o conceito do projeto pernambucano. O LA Live recebeu US$ 2,5 bilhões em investimentos e terá US$ 1 bilhão em aporte adicional. Já alcançou a marca de 12 milhões de visitantes por ano, somando frequentadores de eventos esportivos, público de espetáculos musicais, hóspedes dos hotéis e outros.

A Cidade da Copa não tem um investimento fechado ainda, mas partiu de uma cifra de R$ 1,6 bilhão, valor que será corrigido conforme o projeto avance e ganhe detalhamento.

Lessa explica que a AEG, além de desenvolvedora de projetos como o LA Live e a O2 Arena, em Londres, também atua fortemente na área de música e entretenimento.

Dessa forma, a característica multiuso da Arena Pernambuco, o estádio de 46 mil lugares que sediará os jogos da Copa 2014, poderá ter picos de ocupação a partir de grandes shows internacionais de artistas que já estão no cast da AEG, como Lady Gaga e o próprio BlacEyed Peas.

A lógica é que o visitante aproveite a experiência antes ou depois de um evento, seja ele esportivo ou de entretenimento, para frequentar as lojas, bares, restaurantes e outras opções que serão disponibilizadas na Cidade da Copa.

Giovanni Sandes | Jornal do Commercio

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