Oportunidades na Mata Norte

Polo farmacoquímico de Goiana está em obras. Quando estiver pronto, precisará de vários profissionais especializados

Hemobrás: Equipamentos começaram a ser montados na câmara fria

Poucas vezes o pernambucano teve tantas oportunidades de se inserir na formação de um polo como está tendo agora. Junto com essa possibilidade está a chance de se qualificar de forma direcionada e ter menos incertezas na hora de entrar no mercado de trabalho. Entre os novos segmentos está o polo farmacoquímico de Goiana. O projeto começou a ganhar forma entre 2004 e 2005, com o anúncio da Empresa Brasileira de Biotecnologia e Hemoderivados (Hemobrás) – investimento de R$ 540 milhões tratado como âncora do novo ponto de desenvolvimento de Pernambuco. Hoje, outras grandes empresas já confirmaram unidades no polo, a exemplo da Vita Derm, do Laboratório Multilab, da pernambucana Riff e até de uma multinacional, a Novartis. A maior parte dos investimentos anunciados deve entrar em operação entre 2012 e 2013.

Junto com eles, virão também vagas para formações como farmacêuticos, químicos, cosmetólogos e a oportunidade de se inserir em uma nova profissão ou até se aprofundar em uma área até então pouco explorada no Estado.

A chegada da Vita Derm é um bom exemplo. Segundo o presidente da empresa, Marcelo Schulman, a unidade em Pernambuco vai precisar até de engenheiros. Haverá emprego para nível médio e superior. “Além disso, como trabalhamos com produtos de beleza, também vamos precisar de esteticistas, dermatologistas e até de cabeleireiros para ajudar no desenvolvimento de produtos”, comenta o presidente da Vita Derm.

Para suprir sua demanda de mão de obra, Schulman já andou conversando com integrantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e está desenvolvendo um produto em parceria com a instituição. No primeiro ano, serão demandados 100 profissionais. As obras devem ser iniciadas ainda este mês, com a conclusão estimada em dois anos. Portanto, dá tempo de se preparar para as vagas da empresa.

A Hemobrás, grande âncora do polo e a única com a construção já em andamento, também demandará muita mão de obra. A questão, nesse caso, é que as novas contratações normalmente serão feitas por meio de concurso, por se tratar de uma empresa pública. Segundo o gerente de Planejamento da Hemobrás, José Gaspar Nayme Novelli, as oportunidades serão em três vertentes: nível administrativo, técnico e superior.

“Teremos cargos como assistente administrativo, apoio de compras, formações em setores como TI, engenheiro. Na área técnica, demandaremos especialistas em produção de hemoderivados e biotecnologia”, detalha o gerente.

A Hemobrás está concluindo um levantamento sobre o quantitativo de pessoal demandado em cada formação. “Há também um perfil de profissional, desta vez em número bem menor, para atuar no desenvolvimento de pesquisas na área de hemoderivados”, adianta. Das 170 pessoas convocadas em concurso, 85 estão atuando na Hemobrás. Ainda este ano, alguns dos trabalhadores da parte de hemoderivados serão treinados na França, como parte do convênio firmado com o laboratório LFB.

Outra porta de entrada para o polo será a pernambucana Riff, que produzirá soro na área do polo. O investimento na primeira etapa da fábrica será de R$ 35 milhões. A segunda fase totalizará R$ 80 milhões. Na fábrica, deverão atuar de 250 a 300 funcionários. Segundo o empresário Augusto César Filho, à frente da Riff, a demanda será por profissionais como técnicos operadores de máquinas e de laboratório, entre outros. Áreas administrativas também serão necessárias. A unidade deve entrar em operação em 2013.

A Multilab é outro grande projeto no polo. Com injeção de R$ 200 milhões, a meta da empresa é estar produzindo, dentro de cinco anos, 300 milhões de comprimidos por mês. Espera-se a geração de mil empregos na fábrica.

A Novartis, que ensaiou instalar uma unidade produtora de vacinas avaliada em US$ 300 milhões, podendo chegar a US$ 500 milhões, é uma incógnita. Embora tenha anunciado com muito destaque a instalação de uma indústria em Goiana, seu terreno no local continua sem qualquer movimentação de obra. Procurada sobre os possíveis empregos a serem gerados, porém, não fez qualquer comentário sobre a construção da fábrica.

Carla Seixas | Jornal do Commercio

Um comentário em “Oportunidades na Mata Norte

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  1. o mesmo problema do Porto De Suape:”falta de Mão-De-Obra”.mas,esse tem um ponto positivo.a capacitação está sendo feita ANTES do empreendimento entrar em operação.no Porto,o Estaleiro Atlantico Sul,teve q treinar a mão-de-obra,em obras e até com o empreendimento já em funcionamento(algo q vai acontecer com o Promar)!Pernambuco vive tempos de OURO!

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